segunda-feira, 13 de maio de 2013

Crianças retráidas

      
   
   As crianças retraídas são crianças que se reprimem. A definição "retirar ou não manifestar" é muito apropriada. Em algum ponto do caminho elas aprenderam a manter a boca calada, alguém falou demais e elas captaram a mensagem. Essas crianças realmente "se fecham", segurando rigidamente sentimentos e experiências dentro de sua concha. É preciso uma bordagem delicada frente a essa criança. Ela, tão poderosa no estado retraído, não está disposta a desistir facilmente de tais poderes. Está criança não está usando sua arma intencionalmente  Ela aprendeu em algum ponto de sua vida que era algo que tinha que fazer, e mesmo que as circunstâncias tenham se modificado, ainda o faz. Ou então usa a arma porque sente que é perigoso demais abir-se e falar.
     A criança retraída muitas vezes acha-se em estado de isolamento porque é incapaz de participar de uma comunicação interpessoal livre e segura. Tem dificuldade em exprimir seus sentimentos de afeto bem como de raiva. Ela tipicamente se mantém num local seguro, evitando o risco de rejeição ou mágoa. A espontaneidade não lhe é familiar e a deixa assustada, embora possa admirá-la nos outros e desejar ser mais solta, aberta, fluente.
    Quanto mais velha a pessoa, mais difícil é varar os anos e anos de sua parede protetora. Mas o adulto, com um esforço consciente, pode contra-atacar isso por meio da sua vontade, da sua determinação em ser diferente. A criança pequena, porém , acha-se imersa na sua necessidade de se proteger, e geralmente não está cônscia do seu estado de retraimento, embora possa saber que alguma coisa não está em ordem. (Violet Oaklander)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Terapia em grupo...será?




 

O convívio grupal cria laços emocionais que possibilitam uma melhorar na qualidade de vida dessas pessoas, pois aprendem a avaliar seus padrões de comportamento e a perceber seu funcionamento psíquico através da ajuda de seus pares, podendo dessa forma, experimentar mudanças internas e externas em suas relações.


·         INDICAÇÃO: alcoólicos, toxicômanos e neuróticos anônimos, pais de excepcionais e grupos de soropositivos de HIV.
·         Grupos homogêneos (com as mesmas questões), em busca de apoio, consolo e alivio.


FATORES CURATIVOS DE UM TRABALHO EM GRUPO SEGUNDO VERA LEMGRUBER:

  • Coesão grupal: atração do grupo para os seus membros e seus problemas, possibilitando a ocorrência de fatores curativos.
  • Instalação de esperança: pela percepção da evolução de cada membro do grupo, crédito na própria dinâmica, no potencial de cada um e na existência de soluções viáveis para suas questões.
  • Compartilhamento de informações: são as questões introduzidas pelos terapeutas ou pelos membros do grupo que depois de discutidas são incorporadas. As experiências novas, fruto dos debates, podem gerar a reestruturação de novas atitudes em alguns membros do grupo.
  • Universalidade: cada membro do grupo constata que não está só, nem é o único a enfrentar tal problema.
  • Altruísmo: oportunidade de ajudar o companheiro, sair de si mesmo para compreender o problema do outro e encontrar soluções, partilhando suas dúvidas e celebrando suas conquistas.
  • Desenvolvimento de técnicas socializantes: atividade que se torna possível devido ao convívio do grupo, que pressiona a cada um a deixar-se ajudar a contribuir para a melhora dos outros, a reagir as provocações, a se defender, a se divertir, a reformular padrões de reação, a entrosar-se e a respeitar a si próprio e aos outros.
  • Comportamento imitativo: utilizar como modelos ás relações estabelecidas entre o terapeuta e o grupo, bem como dos membros do grupo entre si. É fundamental que as relações sejam de boa qualidade para que a imitação seja de efeito positivo.
  • Ventilação e catarse: intercâmbio de sentimentos gerados por experiências compartilhadas, que por sua vez provocam a liberação de emoções que incomodam por seu acúmulo.
  • Recapitulação corretiva do grupo familiar primário: repetir no grupo terapêutico o padrão relacional estabelecido com a família durante a infância. Em cima deste modelo o paciente pautará o seu relacionamento com outros membros do grupo, substituindo pessoas significativas da sua vida. Isto facilita a elaboração de conflitos reais ou imaginários que serão resolvidos através do “feedback” oferecido pelo grupo e pelas interpretações do terapeuta.
  • Aprendizado interpessoal: fato curativo que se sustenta na importância das relações interpessoais. Cada individuo cria no grupo o universo interpessoal que é adaptativo no sentido evolutivo e cultural.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Jaqueline Tozato - Psicóloga clínica de orientação psicanalítica (crianças, adolescentes e adultos).
* Particular
* Planos de saúde (confira no site: http://clincorpoemente.com.br/)

Telefone:(41) 3332-6315

terça-feira, 7 de maio de 2013

Hospitalização (Hospital-Usina)

     

      Grandes avanços na medicina e farmacologia permitem que hospitais se tornem centros nos quais a tecnologia impera. Diagnósticos são realizados precocemente e tratamentos se tornam mais sofisticados, podendo prolongar vidas até um ponto nunca antes imaginado. Mas será que a preocupação com pessoas doentes, sua história, sua subjetividade e as relações com o entorno têm recebido o mesmo destaque dado á tecnologia? Infelizmente, não. Quanto mais avança o desenvolvimento tecnológico, parece que menos de olha para as pessoas. Olhos voltados para máquinas não percebem as sutilezas do olhar e do sentir de uma pessoa doente.
        No relato de alguns doentes, eles não se queixam dos enfermeiros ou dos atendentes, pois esses fazem um trabalho difícil de acompanhante e não os reduzem a objetos a cuidar. Os pacientes sabem que são chamados por números porque a rotatividade dos leitos é muito grande. 
       Em hospitais, de forma mais especifica "Hospital-Usina", como chama Charentenay (deifinição de/ lugar onde pacientes e equipe se tornam vítimas da enconomia e do rendimento), tudo é previsto para que erros não aconteçam: as informações técnicas são transmitidas, as consígnias são bem conseguidas, as precauções contra os acidentes pós operatórios são aplicadas ao pé da letra. os resultados são admiráveis. A técnica está afinada. Não se perde mais tempo, os dias de hospitalização são reduzidos e as taxas de sucesso aumentam. O hospital-usina é um sucesso quanto aos resultados. Resta saber se ele responde às demandas de "como realizar.
     Com frequência os doentes não tem coragem de se dirigir ao médicos ou às enfermeiras, observa-se que os escolhidos para interlocutores são aqueles que executam tarefas mais simples e estão física ou geograficamente próximos do doente. Esse dado anuncia que é necessário oferecer formação e suporte psicológico aos atendentes, ao funcionários da limpeza, pois é com eles, os que também não têm poder e palavra, que ocorrem a identificação e a comunicação que contribuirão para amenizar o sofrimento gerado durante o tratamento.

Hospital, saúde e subjetividade (Vânia Mercer e Ana Claudia Wanderbroocke)

A tarefa árdua de evitar o sofrimento


O sofrimento nos ameaça a três direções: de nosso próprio corpo, condenado à decadência e à dissolução, e que nem mesmo podem dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência; do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nossos relacionamentos com os outros homens. O sofrimento que provém dessa última fonte talvez nos seja mais penoso do que qualquer outro. Tendemos a encará-lo como uma espécie de acréscimo gratuito, embora ele não possa ser menos fatidicamente inevitável do que o sofrimento oriundo de outras fontes.” (FREUD, 1997)

 

       A tarefa de evitar o sofrer é uma pratica comum ao homem. Segundo Freud (1997), o homem pode evitar o desprazer isolando-se de seus semelhantes, ou seja, evitando contato com o mundo externo e suas regras (que têm como objetivo ajustar os relacionamentos na sociedade, no Estado e na família). Outro método é o uso de substâncias químicas que, do ponto de vista freudiano, funcionam como “amortecedores de preocupações”, provocando no sujeito sensações prazerosas e alterando sua percepção em relação a estímulos desagradáveis. Outra forma de se defender do sofrimento implica na dominação das necessidades internas, algo como silenciar a mente, práticas comuns na meditação e na yoga. Outra perspectiva consiste no deslocamento da libido para atividades intelectuais e criativas, a sublimação. Uma das formas mais eficazes de evitar o sofrimento, porém destruidora, é a ruptura com a realidade – característica presente na estrutura de personalidade psicótica, na qual o sujeito constrói uma nova realidade, onde aspectos insuportáveis não mais existam.
       No entanto, essas saídas que têm como objetivo evitar o sofrimento, nem sempre são bem sucedidas, pois proporcionam a felicidade de forma destrutiva, momentânea ou pela quietude – na qual o sujeito abandona suas atividades em sociedade. Sendo que nenhum método mostra-se eficaz e duradouro no que diz respeito ao preenchimento do vazio sentido pelo sujeito que se encontra em sofrimento psíquico.
      De acordo com Dantas e Tobler (2003), a dor do viver pode ser comparada a um estado de suspensão, no qual o sujeito não consegue encontrar uma razão para sua existência. O estado de sofrimento psíquico faz emergir o vazio existencial que insistimos em tamponar, pois a sua presença é o enfrentamento da verdade, com a “falta da falta”.
      A Falta, segundo Lacan refere-se á um “objeto perdido da espécie humana”. Já na visão de Freud, o objeto perdido está relacionado à história de cada sujeito. Assim Lacan nomeia o primeiro como “coisa” e o segundo, como objeto causa de desejo. O objeto perdido referente à história de vida do sujeito poderá ser novamente encontrado em objetos substitutos que nos deparamos ao longo da vida, mas, por traz desses objetos suplentes, o sujeito irá sempre de encontro à “coisa”, o objeto perdido da espécie humana. (COSTA, 2007)
    O ponto essencial na constituição do sujeito é a falta, pois é ela quem move o desejo e que consequentemente faz com que a angústia se torne presente quando o tamponamento do vazio com os “objetos substitutos” não é eficaz. O fracasso no emprego desses recursos faz com que a falta aponte, causando a sensação de vazio. Na concepção de Lacan, a angústia é a emergência do real que impele o sujeito a um estado de paralisia, fazendo-o se expressar pelo sentimento de desamparo, solidão e melancolia. (DANTAS E TOBLER, 2003)
     Com base em SILVA, NOGUEIRA E FRAGA (2009), o homem, no esforço de não sentir o vazio, busca no individualismo e no consumismo aniquilar a angústia. A fim de evitar o sofrimento o homem centra-se em si mesmo e, dificilmente, estabelece relações solidárias, tendo em vista o fato de que as relações em sociedade são regadas à superficialidade e à insegurança.

REFERÊNCIAS:

 FREUD, S. O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
 DANTAS, A, M; TOBLER, L, V. O sofrimento psicológico é a pedra angular sobre o qual repousa a cultura de consumo, 2003. 
 COSTA, T. Jacques Lacan e a falta de objeto. 2007. 
 SILVA, L, M, M; NOGUEIRA, M, V; FRAGA, B, V. O Vazio Existencial: de Lacan à contemporaneidade, 2009. 
 

domingo, 5 de maio de 2013

Atendimento psicológico (planos e particular)


Atendimento psicológico a crianças, adolescentes e adultos (particular e planos de saúde). Profissional: Jaqueline Tozato.
Consulte os planos no site: http://clincorpoemente.com.br/

sábado, 4 de maio de 2013

É depressão, ou só tristeza? :(

    
       A Depressão é um Transtorno oe Humor, caracterizado por uma alteração psíquica e orgânica global, com consequentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida.
O Afeto é a parte de nosso psiquismo responsável pela maneira de sentir e perceber a realidade.
      A Depressão é uma das doenças psiquiátricas mais frequentes. Uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens, podem vir a ter crises depressivas durante a vida desde a juventude até à terceira idade. É uma perturbação do humor que não deve ser confundida com sentimentos de tristeza que geralmente são reativos a acontecimentos da vida que passam com o tempo e não impedem a pessoa de viver normalmente. Nas pessoas deprimidas há uma diminuição da vitalidade e crianças também pode ser afetadas.
      Nas crianças, os sintomas da depressão se manifestam de forma diferente. Normalmente há mais queixas físicas do que psíquicas, havendo diferenças entre meninos e meninas. Geralmente eles ficam mais agressivos, apresentam problemas de conduta na escola. Elas ficam apáticas e se isolam. Como as crianças têm dificuldade de expressar o que sentem, os sintomas psicossomáticos podem ajudar os pais a identificar a doença.

Sintomas em Adultos
• Sentimentos de tristeza, vazio e aborrecimento;
• Sensações de irritabilidade, tensão ou agitação;
• Sensações de insegurança e medos, preocupação com tudo, receios infundados;
• Diminuição da energia, fadiga e lentidão;
• Perda de interesse e prazer nas actividades diárias;
• Perturbação do apetite, do sono, do desejo sexual e variações significativas do peso;
• Pessimismo e perda de esperança;
• Sentimento de culpa, de auto-desvalorização, que podem atingir uma dimensão delirante;
• Alterações da concentração, memória e raciocínio;
• Sintomas físicos não devidos a outra doença (ex. dores de cabeça, perturbações digestivas, dor crónica, mal-estar geral);
• Ideias de morte e tentativas de suicídio.

Sintomas em crianças
• Agitação, inibição psicomotora (3 a 6 anos);
• Irritabilidade, insegurança, sentimento de culpa, comportamento arredio, problemas de aprendizagem (7 a 10 anos);
• Sentimentos de inferioridade,introspecção, impulsos suicidas (11 a 14 anos);
• Choro sem razão aparente, alteração do sono, falta de apetite;
• Terror nocturno (pesadelos), insónia, manipulação genital, dores abdominais;
• Cefaleia (dor de cabeça);

Tristeza
     A tristeza é um dos vários sintomas da depressão, mas estar triste não é sinónimo de estar deprimido. "Estar pra baixo" não é uma doença, mas um sentimento normal em situações de perda, luto, frustração e insucesso. É importante não confundir depressão com stress. Uma diferença importante é que o stress pode ser eliminado com actividades relaxantes, enquanto na depressão elas não são suficientes. 
Tristeza:
• Não é uma doença e tende a desaparecer espontaneamente, com o passar do tempo;
• É um estado emocional transitório;
• Não interfere na rotina da pessoa;
• Tem causas facilmente identificadas, como uma desilusão amorosa ou a perda de ente querido.

Depressão
• É uma doença com vários graus de complexidade, que precisa ser tratada com profissionais especializados;
• Tem sintomas constantes e diferenciados;
• Provoca dificuldades para desenvolver tarefas quotidianas;
• É difícil identificar o motivo do desânimo e da tristeza;

Stress
• Pode levar à depressão, se prolongado;
• Pode aumentar com pressões do dia-a-dia, como excesso de trabalho, problemas familiares e problemas financeiros;

Fonte: www.psico-online.net

quinta-feira, 2 de maio de 2013

MELANCOLIA (Lars Von Trier)

 

      
       Histórias de vida, estrutura psiqúica e livre arbítrio... cada sujeito  tem como direito a liberdade de expressão e de idealizar sua vida como bem desejar. Tal condição possibilita a emergência de conflitos e divergências, contudo, também abrem caminho para discussões saudáveis, conscientizações e aprendizados que não aconteceriam se todos nós fossemos  iguais. O caso é que, com a possibilidade de sermos excepcionais em algo, no pensar e sentir, surgem as fragilidades de nosso psicológico, portas que possibilitam a origem de estados psíquicos e condições que, muitas vezes, permanecem como incógnitas. Um exemplo desses estados é a melancolia. Freud, em seu clássico texto Luto e Melancolia, já previa uma certa dificuldade para definir esta condição emocional que se assemelha ao luto, mas sem o contexto da perda. O problema na identificação da melancolia é que ela se manifesta de diversas formas, dificultando seu enquadramento em um bloco único. Para a psicanálise, a melancolia é o estágio mais extremo da depressão. A apatia do melancólico é fruto da perda de algo ou de alguém, que precisa ser compreendida e superada, em um processo semelhante ao do luto. A diferença é que, enquanto no luto a perda é compreendida, na melancolia ela é inconsciente: não se sabe o que foi perdido."Nada atrai o melancólico, a não ser o próprio  sofrimento. Ele está absorvido nele mesmo", diz Sandra Edler, autora de "Luto e Melancolia: À Sombra do Espetáculo" . A cultura atual conspira contra o melancólico, diz a psicanalista. "Se a pessoa perde algo, precisa se recolher, mas a vida a chama para um eterno desempenho, se não quiser perder espaço."
Por esse, entre outros motivos,  produção dirigida e escrita por Lars von Trier não poderia ter outro nome senão a desta disfunção emocional, MELANCOLIA.O filme mostra desde a felicidade, com pequenos desvios e falhas, até o árduo estado de desânimo e desinteresse pelas coisas do mundo em dois distintos episódios da história de duas irmãs, Justine e Claire. Assim como a melancolia definida por psicólogos, o filme não funciona em um único bloco, sendo dividido em duas partes que assemelham-se à curtas-metragens de mesmo elenco tamanha a divergência entre ambas: o que a princípio remete-nos a uma constrangedora reunião familiar realizada devido a comemoração do casamento de Justine, passando pelas tênues linhas entre o vergonhoso e o rotineiro dos comportamentos humanos, finaliza-se com nada mais, nada menos, que o fim do mundo através da visão de von Trier.
Fontes: 
* http://www1.folha.uol.com.br
* http://cinemaeafins.com

terça-feira, 23 de abril de 2013

Esclarecendo o Transtorno Bipolar

 


"A característica chave de identificação dos transtornos bipolares é a tendência de episódios maníacos se alternarem com episódios depressivos maiores em uma interminável montanha russa que vai dos picos de entusiamo ás profundezas do desespero. 

UMA VISÃO GERAL SOBRE DEPRESSÃO E MANIA: A depressão mais comumente diagnosticada e mais grave é chamada episódio depressivo maior e inclui sintomas cognitivos, tais como indecisão e sentimento de menos-valia, assim como pertubações físicas, como por exemplo, padrões de sono alterados, mudança significativa de apetite e peso e perda notável de energia. O individuo perde o interesse e sente-se incapaz de experienciar qualquer tipo de prazer. O segundo estado fundamental nos transtornos de humor é a alegria, entusiasmo ou euforia exagerados. Na mania, o sujeito encontra extremo prazer em cada atividade, alguns comparam sua experiência diária de mania como um "orgasmo" contínuo. Eles se tornam muito ativos (hiperativos), requerem muito pouco tempo de sono e podem desenvolver projetos grandiosos, pois acreditam ser capazes de realizar qualquer coisa que desejam. A fala geralmente é muito rápida e pode se tornar incoerente porque o individuo está tentando expressar muitas idéias de uma vez só. É frequente a irritabilidade e a ansiedade como parte de um episódio maníaco, geralmente próximo do final. É importante ressaltar que essas alterações de humor não acontecem no mesmo dia, ou em uma janela de tempo curta, isto é, episódio depressivo pode durar meses, assim como a mania.
Embora a medicação pareça um tratamento necessário para o transtorno bipolar, a maioria dos clínicos enfatiza a necessidade de intervenções psicológicas para gerenciar os problemas interpessoais e práticas decorrentes do transtorno, tais como: dificuldades matrimoniais e no emprego."'
PSICOPATOLOGIA - Uma abordagem integrada ( Davis H. Barlow e Mark Durand)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Filmes recomendados pela psicologia





Precisamos falar sobre Kevin
A partida
Antes de partir
Bicho de sete cabeças
Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças
Cisne Negro
Clube da luta
Flor do deserto
Garota Interrompida
I am Sam
Melhor é impossível
Mr. Jones
O anjo malvado
O golpista
O Solista
P.S Eu te amo
Preciosa
Rain Man
Réquiem para um Sonho
Sybil
Tempo de despertar
Um estranho no ninho
Uma mente brilhante
Á procura da felicidade
A garota ideal

terça-feira, 16 de abril de 2013

Afinal, o que eles esperam de mim?

"O adolescente se olha no espelho e se acha diferente. Constata facilmente que perdeu aquela graça infantil que, em nossa cultura, parece garantir o amor incondicional dos adultos, sua proteção e solicitude imediatas. Essa segurança perdida deveria ser compensada por um novo olhar dos mesmos adultos, que reconhecesse a imagem púbere como sendo a figura de outro adulto, seu par iminente. Ora, esse olhar falha: o adolescente perde (ou, para crescer, renuncia) a segurança do amor que era garantido à criança, sem ganhar em troca outra forma de reconhecimento que lhe pareceria, nessa altura, devido. Ao contrário, a maturação, que, para ele, é evidente, invasiva e destrutiva do que fazia sua graça de criança, é recusada, suspensa, negada. Talvez haja maturação, lhe dizem, mas ainda não é maturidade. Por consequência, ele não é mais nada, nem criança amada, nem adulto reconhecido."

A ADOLESCÊNCIA - Contardo Calligaris

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Atendimento clínico infantil

 

"Há certos fundamentos básicos que qualquer pessoa que trabalhe com crianças precisa: gostar de crianças (...). Creio que se deve ter a habilidade de ser direto sem ser invasor, de ser leve e delicado sem sem demasiadamente passivo e não-diretivo. Penso que, deve estar familiarizado com as expectativas culturais depositadas na criança. Deve-se acreditar firmamente que cada criança é uma pessoa única e digna, com todos os direitos humanos. Creio essencial ser aberto e honesto com a criança. E é preciso ter senso de humor, para permitir a manifestação da criança brincalhona e expressiva que existe em todos nós. 
Gostaria de fazer um apelo a todos os terapeutas que tem relutância em trabalhar com crianças. As crianças precisam de aliados, e espero que mais e mais terapeutas que estejam interessados em humanismo e igualdade comecem a ver que quando recusam crianças como clientes, estão perpetuando uma discriminação que dá continuidade à opressão sobre os jovens. As crianças merecem mais".

Descobrindo crianças: a abordagem gestáltica com crianças e adolescentes. (Violet Oaklander)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Por que fazer terapia??

 

"A primeira pergunta que faço para alguém quando vem procurar terapia é: “O que fez você buscar ajuda?
Às vezes a pessoa responde: “Não sei bem direito como funciona uma terapia, só sei que não consigo mais continuar enfrentando meus problemas sozinho“.
Sem dúvida nenhuma, a terapia individual ou de grupo oferece múltiplos benefícios que cada pessoa pode relatar com o tempo a partir de sua própria experiência.
Como profissional da psicologia, percebo no primeiro momento o alívio da pessoa em poder compartilhar sua história de conquistas e de dor.
A pessoa encontrará um clima de confiança onde possa expor momentos difíceis que passou com uma pessoa estranha ao seu convívio e que, no entanto, irá participar humanamente de novas conclusões sobre a vida.
Desses momentos iniciais seguem outros onde perceberá lentamente outras facetas de sua vida. Perceberá que sua visão da infância terá outro peso na medida que olhar como adulta para si mesma. Os traumas são redimensionados numa sensação mista de dor e surpresa, pois a partir de novas percepções consegue um novo colorido para acontecimentos obscuros do passado.
Olhar para si mesmo de forma contínua sob o olhar do terapeuta e/ou de um grupo de pessoas igualmente bem intencionadas proporciona uma segurança natural de suas próprias capacidades. A autoestima decorrente do autoaceitação de suas próprias fragilidades e vulnerabilidades permite uma nova forma de se relacionar com os outros.
Todo esse processo tem o custo de uma vontade persistente de chegar à raiz dos problemas. A coragem de encarar a si mesmo e os fantasmas do passado produz uma pessoa nova, cheia de disposição, alegria e perspicácia frente os desafios futuros.
Esses são algumas dos muitos benefícios que uma terapia pode proporcionar. Agora cabe a você decidir como será sua jornada terapêutica!"

By Frederico Mattos (Blog do Instituto Evoluir)

SAÚDE MENTAL

Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida. Saúde mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional. A saúde Mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. Admite-se, entretanto, que o conceito de Saúde Mental é mais amplo que a ausência de transtornos mentais"

O QUE É SAÚDE MENTAL?

1. Saúde Mental é o equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real e do precioso. É ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e espaço. É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o legal e o outro. (Dr. Lorusso);

2. Saúde Mental é estar de bem consigo e com os outros. Aceitar as exigências da vida. Saber lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações. Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário.

"SYBIL" é um filme simplesmente espetacular!


Sybil conta a história verídica da paciente psiquiátrica Sybil Isabel Dorsett, que sofria de Transtorno Dissociativo de Identidade (também conhecido como MPD – Multiple Personality Disorder ou Transtorno de Múltiplas Personalidades, e que passou a ser oficialmente chamado de DID - Dissociative Identity Disorder a partir de 1994). Ao longo do tratamento, foram identificadas 16 personalidades de Sybil (incluindo a personalidade atuante, e várias personalidades femininas e masculinas, de diversas idades), como forma de mecanismo de defesa para os abusos que sofreu nas mãos da sua mãe. Uma psicanalista diagnostica a condição de Sybil e tenta ajudá-la, apesar de saber que está lidando com um caso único.